
Um leopardo
azul me conduz
pelo dorso da noite.
_
O que quer que fosse – o liso
algodão dos lábios, a almofada
volúvel do sorriso.
Lâmpadas
ardendo sob
as devolutas pálpebras.
_
Morangos
eram
tuas pupilas
brancas.
_
Eu te baptizo: hidrângea
é teu nome – cesto
de água, idioma
e intriga do perfume.
_
Para nenúfar
sobrava-te água.

Foto Hugo Joel / Textos Albano Martins, in A Margem do Azul
Do Albano Martins tinha lido ou ou outro haiku. Adoro o 2º poema e fiquei contente por aprender que se pode chamar hidrângea à hortênsia.
ResponderEliminarHugo Joel, fotografas bem o feminino, entendes a voluptuosidade inerente.
um abraço
* um ou outro haiku
ResponderEliminarDinisinho, és um amor de comentador!
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