segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Canto VI



















Ninguém que se demore na fonte.
Ninguém que morra pelos cântaros.

Os homens deixaram as barcas
atravessavam o leito de faca e gravata e ela
erguia o histórico linho plantado na língua
o dente vegetal no maxilar da cama.

Depois nos confins da primavera
atirava às águas um vasto enxoval de escuridades
uma sementeira erecta acomodada aos passos –

e retinia e oxidava
como os metais.

Foto Hugo Joel - Texto C. Nunes de Almeida

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